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sábado, 26 de maio de 2012

Harry x Voldemort.

Harry sentiu como se estivesse virando em Câmera lenta; viu McGonagall, Kingsley e Slughorn serem  arremessados para trás, quando  fúria de Voldemort, face à queda de sua ultima e melhor tenente, explodiu com a força de uma bomba. Voldemort ergueu a varinha para Molly Weasley e...
-PROTEGO - berrou Harry, e o Feitiço Escudo expandiu-se no meio do Salão Principal, e Voldemort olhou admirado ao redor, procurando de onde viera, ao mesmo tempo que Harry Potter despia, finalmente, a Capa da Invisibilidade.
O berro de choque, os vivas, os gritos de todos os lados "HARRY, ELE ESTÁ VIVO!"  foram imediatamente sufocados. A multidão se amendontrou, e o silencio caiu brusca e completamente quando Voldemort e Harry se encararam e começaram no mesmo instante a se rodear.
- Não quero que mais ninguém tente ajudar - Disse Harry em voz alta e, no silencio total, sua voz ecoou como o toque de uma trompa. - Tem que ser assim. Tem que ser eu.
Voldemort Sibilou.
- Potter não está falando serio - disse ele, arregalando os olhos vermelhos. - Não é assim que ele age, é? Quem você vai usar de escudo hoje, Potter?
- Ninguém - responde Harry, com simplicidade. - Não há mais Horcruxes. Só você e eu. Nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver, e um de nós está prestes a partir para sempre...
- Um de nós? - caçoou Voldemort, e todo o seu corpo estava tenso e seus olhos vermelhos atentos, uma cobra armando o bote. - Você acha que vai ser você, não é, o garoto que sobreviveu por acaso e porque Dumbledore estava puxandos os cordões?
- Acaso, foi? Quando minha mãe morreu para me salvar? - desafiou Harry. Eles continuaram a se movimentar de lado, os dois em  um circulo perfeito, mantendo a mesma distancia entre si, e para Harry só existia um rosto, o de Voldemort. - Acaso, quando decidi lutar naquele cemitério? Acaso, quando não me defendi hoje à noite e, ainda assim, sobrevivi e retornei para lutar?
- Acasos! - berrou Voldemort, mas ainda assim não atacou, e os circuntantes permaneceram imoveis como se estivessem petrificados, e, das centenas de pessoas no salão, ninguém parecia respirar, exeto os dois. - Acaso, sorte e o fato de você ter se escondido e choramingado atrás das saias de homens e mulheres superiores a você e me permitido matá-los em seu lugar!
- Você não matará mais ninguém hoje à noite - disse Harry, enquanto se rodeavam e se encaravam nos olhos, verdes e vermelhos. - Você não será capaz de matar nenhum deles, nunca mais. Você não está entendendo? Eu estive disposto a morrer para impedir que você ferisse essas pessoas...
- Mas você não morreu...
- ...Mas tive intenção, e foi isso que fez a diferença. Fiz o que minha mãe fez. Protegi-os de você. Você não reparou que nenhum dos feitiços que lançou neles são duradouros? Você não pôde torturá-los. Você não pôde atingi-los. Você não aprende com seu erros, Riddle, não é?
- Você se atreve...
- Me atrevo, sim. Sei coisas que você ignora, Tom Riddle. Sei muitas coisas importantes que você ignora. Quer ouvir algumas, antes de cometer outro grande erro?
Voldemort não respondeu, continuou ronda-lo em circulo, e Harry percebeu que o mantivera temporariamente hipnotizado e acuado, detido pela tênue possibilidade de que Harry soubesse, de fato, o segredo final...
- É o amor de novo? - disse Voldemort, a zombaria em seu rosto ofídico. - A solução favorita de Dumbledore, amor, que ele alegava conquistar a Morte, embora o amor não o tivesse impedido de cair da Torre e se quebrar como uma velha estatua de cera? Amor, que não me impediu de matar sua mãe sangue-ruim como uma barata Potter; e ninguém parece amá-lo suficiente para se apresentar desta vez e receber minha maldição. Então, o que vai impedir que você morra agora quando eu atacar?
- Só uma coisa - respondeu Harry, e eles continuavam a se rodear, absortos um no outro, separados apenas por aquele ultimo segredo.
- Se não for o amor que irá salva-lo desta vez, - retrucou Voldemort - você deve acreditar que é dotado de magia que eu não tenho, ou, então, de uma arma mais poderosa do que a minha?
- Creio que as duas coisas - replicou Harry e observou o choque perpassar aquele rosto de cobra e instantaneamente se dispersar; Voldemort começou a rir, e o som era mais apavorante que os seus gritos; desprovido de humor e sanidade, o riso ecoou pelo salão silencioso. - Você acha que conhece mais magia do que eu? Do que eu, do que Lord Voldemort, capaz de magia com que o próprio Dumbledore jamais sonhou?
- Ah, ele sonhou, sim, mas sabia mais do que você, sabia o suficiente para não fazer o que você fez.
- Você quer dizer que ele era fraco! - berrou Voldemort. - Fraco demais para ousar, fraco demais para se apoderar do que poderia ser dele, do que será meu!
- Não, ele era mais inteligente que você, um bruxo melhor e um homem melhor.
- Eu causei a morte de Alvo Dumbledore!
- Você pensa que causou, mas se enganou.
Pela primeira vez a multidão que assistia se moveu quando as centenas de pessoas em torno das paredes unanimemente prenderam o fôlego.
- Dumbledore está morto! - Voldemort atirou as palavras a Harry como se pudessem lhe causar uma dor insuportável. - O corpo dele está apodrecendo no tumulo de mármore nos jardins deste castelo, eu o vi, Potter, e ele não irá retornar!
- Dumbledore está morto, sim, - respondeu Harry calmamente - mas não foi você que mandou matá-lo. Ele escolheu como queria morrer, escolheu meses antes de morrer, combinou tudo com o homem que você julgou que era seu servo.
- Que sonho infantil é esse? - exclamou Voldemort, mas, ainda assim, ele não atacou, e seus olhos vermelhos não se afastaram dos de Harry.
- Severo Snape não era homem seu. Snape era de Dumbledore, desde o momento que você começou a caçar minha mãe. E você nunca percebeu, por causa daquilo que não pôde compreender. Você nunca viu Snape conjurar um Patrono, viu, Riddle?
Voldemort não respondeu. Eles continuaram a se rodear como dois lobos prestes a se estraçalhar.
- O Patrono de Snape era um corça, o mesmo da minha mãe, porque ele a amou quase a vida toda, desde que eram crianças. Você devia ter percebido, - disse Harry quando viu as narinas de Voldemort incharem, - ele lhe pediu para poupar a vida dela, não foi?
- Ele a desejava, nada mais, - desdenhou Voldemort - mas, quando ela se foi, ele concordou que havia outras mulheres, de sangue mais puro, mais dignas dele...
- Naturalmente foi o que Snape lhe disse,  mas ele se tornou espião de Dumbledore a partir do momento que você a ameaçou, e dali em diante trabalhou contra você! Dumbledore já estava morrendo quando Snape o matou!
- Não faz diferença! - guinchou Voldemort, que acompanhara cada palavra com extasiada atenção, mas, em seguida, soltou uma gargalhada demente. - Não faz diferença se Snape era meu seguidor ou de Dumbledore, ou que mesquinhos obstáculos ele tentou colocar no meu caminho! Eu os esmaguei como esmaguei a sua mãe, o pretenso grande amor de Snape! Ah, mas tudo isso faz sentido, Potter, de modos que você não compreende! Dumbledore tentou me impedir de possuir a Varinha das Varinhas! Queria que Snape fosse fosse o verdadeiro senhor da varinha! Mas passei a sua frente, garotinho: cheguei a varinha antes que você pudesse por as mãos nela, compreendi a verdade antes que você a percebesse. Matei Severo Snape há três horas, e a Varinha das Varinhas, Varinha da Morte, Varinha do Destino é realmente minha! O ultimo plano de Dumbledore falhou, Harry Potter!
- É, falhou. Você tem razão. Mas, antes de tentar me matar, eu o aconcelharia a pensar no que fez...pensar, e tentar sentir algum remorso, Riddle...
- Que é isso?
De tudo que Harry lhe dissera, cima de qualquer revelação ou zombaria, nada chocara tanto Voldemort. Harry viu suas pupilas se contrairem a finos traços, viu a pele em torno de seus olhos embranquecer.
- É a sua única chance, - continuou o garoto - e é só o que lhe resta... vi em que se transfomará se não aproveitá-la... seja homem... tente sentir algum remorso...
- Você ousa...
- Ouso, sim, porque o ultimo plano de Dumbledore não saiu às avessas para mim. Saiu às avessas para você, Riddle.
A mão de Voldemort estava tremendo em torno da Varinha das Varinhas e Harry apertou a de Draco com força. O momento, ele sabia, estava apenas a segundos de distancia.
- A Varinha não está funcionando corretamente para você, porque você matou a pessoa errada. Severo Snape jamais foi o verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas. Ele jamais derrotou Dumbledore.
- Ele matou...
- Você não está prestando a tenção? Snape nunca derrotou Dumbledore! A morte de Dumbledore foi planejada pelos dois! Dumbledore pretendia morrer sem ser derrotado, o ultimo e verdadeiro senhor da varinha! Tudo correu conforme ele planejou, o poder da varinha morreria com ele, porque jamais foi arrebatada de suas mãos!
- Mas, então, Potter, Dumbledore praticamente me entregou a varinha! - A voz de Voldemort tremeu de malicioso prazer. - Roubei a varinha do túmulo de seu último senhor! O seu poder é meu!
- Você ainda não entendeu, não é, Riddle! Possuir a varinha não é o suficiente! Empunhá-la, usá-la, não a torna realmente sua. Você não escutou o que Olivaras disse? A varinha escolhe o bruxo... A Varinha das Varinhas reconheceu um novo senhor antes de Dumbledore morrer, alguem que jamais tinha posto a mão nela. O novo senhor tirou a varinha de Dumbledore contra sua vontade, sem perceber exatamente o que tinha feito, ou que a varinha mais perigosa do mundo lhe dedicara a sua fidelidade...
O peito de Voldemort subia e descia rapidamente, e Harry sentiu a maldição a caminho, sentiu-a crescer no cerne da varinha apontada para seu rosto.
- O verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas era Draco Malfoy.
- Que diferença faz? - perguntou brandamente. Absoluto aturdimento surgiu no rosto de Voldemort por um momento, mas logo desapareceu.- Mesmo que você tenha razão, Potter, não faz a menor diferença nem para você e nem para mim. Você não possui mais a varinha de Fênix: duelaremos apenas com a perícia... e depois de tê-lo matado, posso ciudar de Draco Malfoy...
- Mas é tarde demais. Você perdeu sua chance. Cheguei primeiro. Subjulguei Draco faz semanas. Arrebatei  a varinha dele.
Harry girou a varinha de piltreiro e sentiu vertigem sobre ela de todos os olhares no salão.
- Então, a questão se resume nisso, não é? - sussurrou Harry. - Será que a varinha em sua mão sabe que seu último senhor foi desarmado? Porque se sabe... eu sou o verdadeiro senhor da Varinha das Varinhas.
Um brilho ouro-avermelhado irrompeu subtamente no céu encantado e incidiu sobre eles, quando um retalho ofuscante de sol surgiu no parapeito da janela. A luz iluminou o rostos dos dois ao mesmo tempo, de modo que Voldemort se tornou um borrão. Harry ouviu o grito agudo quando ele berrou sua grande esperança para o céu:
- Avada Kedavra!
- Expelliarmus!
O estampido foi o de um tiro de canhão e as chamas douradas que jorraram entre as duas, no centro do círculo, marcaram o ponto em que os feitiços colidiram. Harry viu o jato verde da maldição de Voldemort ir de encontro ao seu proprio feitiço, viu a Varinha das Varinhas voar para o alto, girar pelo céu encantado como a cabeça de Nagini, girar pelo ar em direção ao senhor que viera, enfim, tomar posse dela. E Harry, agarrou a varinha com a mão livre ao mesmo tempo que Voldemort caía para trás de braços abertos, as pupilas ofidicas dos olhos vermelhos virando para dentro. Tom Riddle bateu no chão com uma finalidade terrena, seu corpo fraco e encolhido, as mãos brancas vazias, o rosto de cobra apatico e inconsciente. Voldemort estava morto.

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